Delegações de diversos países, incluindo China, Qatar, Portugal, Chile, Uruguai, Bolívia, Argélia, Turquia e Líbano, confirmaram presença na conferência que ocorrerá nos dias 15 e 16 de julho, em Bogotá, Colômbia. O evento, convocado por Colômbia e África do Sul, visa discutir medidas concretas em resposta à guerra na Faixa de Gaza e contará com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas (ONU).
O embaixador do Brasil na Colômbia, Paulo Estivallet de Mesquita, representará o país como observador, uma vez que o chanceler Mauro Vieira estará em viagem oficial à Guiné-Bissau. Os organizadores da reunião defendem a necessidade de uma resposta coordenada dos países participantes para pressionar Israel a cessar os ataques e mitigar a crise humanitária enfrentada pelos palestinos.
Os articuladores destacam que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) desde o ano passado, mas continua impune. O TPI, que julga crimes de guerra e contra a humanidade, depende da cooperação internacional para efetivar prisões. Colômbia e África do Sul, como copresidentes do Grupo de Haia, buscam coordenar ações legais e diplomáticas contra as violações do direito internacional cometidas por Israel.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, fez um apelo à participação de outros países em artigo publicado no The Guardian, enfatizando a urgência da situação e a importância de defender os princípios do direito internacional. Ele afirmou que a história julgará severamente a comunidade internacional se não responder ao chamado por justiça em relação ao povo palestino.