O Brasil ocupa a segunda posição no ranking global de juros reais, com uma taxa de 9,76% após a inflação, conforme levantamento realizado pela MoneYou e Lev Intelligence, sob a supervisão do economista-chefe Jason Vieira. A manutenção da Taxa Selic em 15% é um dos fatores que contribui para essa classificação, que não se alteraria mesmo com uma variação de 0,25 pontos percentuais na taxa pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
A análise de Vieira destaca que a situação fiscal do país continua a gerar incertezas, mesmo diante de distrações recentes, como a guerra tarifária e mudanças nas sanções aplicadas a membros do judiciário. O Brasil está atrás apenas da Turquia, que lidera o ranking com juros reais de 10,08%, e à frente de países como Argentina (6,7%), África do Sul (5,29%) e Rússia (4,86%). A média global de juros reais é de 1,66%.
O estudo abrange a política tarifária de 165 países, revelando que a maioria (63,64%) optou por manter suas taxas de juros, enquanto 30,91% realizaram cortes e 5,45% aumentaram. Entre os 40 países com as maiores taxas, 45% mantiveram os juros, 5% elevaram e 50% cortaram, refletindo um cenário de incertezas na economia mundial.