Neste sábado (19), Curitiba recebeu a inauguração da maior fábrica de mosquitos do mundo, uma iniciativa que visa combater doenças como dengue, zika e chikungunya. A nova tecnologia, desenvolvida pela empresa Wolbito do Brasil, utiliza mosquitos Aedes Aegypti que possuem a bactéria 'wolbachia', capaz de impedir a transmissão dessas doenças.
O processo de produção envolve a separação de larvas machos e fêmeas, sendo que apenas os machos, que não transmitem doenças, serão liberados em áreas afetadas. A fábrica tem capacidade para produzir 100 milhões de ovos por semana, totalizando mais de 5 bilhões de ovos anualmente. O Ministério da Saúde determinará as cidades que receberão os mosquitos, priorizando aquelas com maior incidência das doenças.
Seis cidades brasileiras, incluindo Brasília e Joinville, receberão a primeira leva de mosquitos a partir de agosto. A liberação será realizada por agentes de saúde, que soltarão os mosquitos em áreas estratégicas. A tecnologia já demonstrou eficácia em outros países e, no Brasil, cidades como Niterói registraram uma redução de até 70% nos casos de dengue após a implementação do método.
Embora a iniciativa tenha sido aprovada pela Anvisa e recomendada pela OMS, especialistas alertam que a participação da população é crucial no combate às doenças. A manutenção de ambientes limpos e a eliminação de focos de água parada continuam sendo fundamentais para o sucesso da estratégia.