O Brasil se prepara para um impacto econômico significativo com a implementação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, que entrará em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto. A medida, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, não apresenta sinais de reversão, apesar das tentativas de negociação do governo brasileiro lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
Na última semana, Alckmin se reuniu com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em uma conversa que durou 50 minutos, onde enfatizou o interesse do Brasil em dialogar e evitar contaminações políticas nas negociações. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou ceticismo sobre a possibilidade de uma mudança na decisão, afirmando que Alckmin tem tentado contato diário sem sucesso.
A tarifa de 50% é a mais alta imposta a qualquer país, enquanto outros como Reino Unido e Japão conseguiram acordos que evitam aumentos significativos. Lutnick confirmou que a data de 1º de agosto não será adiada e que, embora as tarifas sejam implementadas, o governo americano permanece aberto a negociações futuras. Especialistas apontam que a situação é complicada por questões políticas, especialmente relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que influenciam as relações entre Brasil e EUA.