A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta segunda-feira (28) que o Brasil foi retirado do mapa mundial da fome, após um período de três anos em que o país enfrentou desafios significativos relacionados à segurança alimentar. A decisão reflete a média de dados coletados entre 2022, último ano do governo Bolsonaro, e 2023 e 2024, durante a administração de Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com a ONU, menos de 2,5% da população brasileira vivia em risco de subalimentação durante o triênio analisado. Em comparação, a média de subnutrição na América Latina foi de 5%, enquanto a média global alcançou 8%. Apesar da melhora, 35 milhões de brasileiros ainda enfrentam dificuldades para se alimentar adequadamente, o que caracteriza a insegurança alimentar.
O economista-chefe da FAO, Máximo Torero, destacou que o Brasil e o México lideraram iniciativas sociais que contribuíram significativamente para a redução da fome, como programas de transferência de renda e alimentação escolar. O governo brasileiro, por meio do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que continuará a trabalhar para garantir a segurança alimentar e dignidade para todos os cidadãos, buscando alcançar aqueles que ainda não foram beneficiados por programas sociais.
Margareth Viana, uma gari que enfrentou a fome, expressou sua satisfação com a melhora na situação alimentar do país e a possibilidade de prover refeições adequadas para suas filhas. "Fome nunca mais. Se Deus quiser. Enquanto eu tiver força para trabalhar, nunca mais elas vão passar dificuldade", afirmou Margareth, refletindo a esperança de muitos brasileiros que ainda lutam contra a insegurança alimentar.