O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em julho de 2025, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares, realizada em Adis Abeba, Etiópia. A decisão foi anunciada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que considera que menos de 2,5% da população brasileira vive em situação de subalimentação, um marco alcançado no triênio 2023-2025.
Este resultado representa uma significativa reversão em relação ao período crítico enfrentado pelo país, que havia saído do Mapa da Fome pela primeira vez em 2014, mas voltou a ser incluído em 2019. Em 2022, o Brasil alcançou seu pior momento, com mais de 33 milhões de pessoas em situação de fome severa. A recuperação foi impulsionada por políticas públicas voltadas para o combate à miséria e à promoção da segurança alimentar, como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, celebraram a antecipação da meta, que era prevista para 2026. Dias destacou que essa conquista é um reflexo do compromisso do governo com os mais vulneráveis e a importância de políticas sociais eficazes. "Essa conquista não é de um governo, é do povo brasileiro", afirmou.
Além de ser retirado do Mapa da Fome, o Brasil se posiciona como líder internacional no combate à insegurança alimentar, propondo a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com o apoio de mais de 100 países. Essa nova posição reafirma o papel do Brasil como referência em políticas de combate à fome e à pobreza, evidenciando que o acesso à alimentação é uma escolha política e não uma inevitabilidade social.