O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em julho de 2025, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares, realizada em Adis Abeba, Etiópia. A decisão representa uma conquista significativa para o país, que atingiu a marca de menos de 2,5% da população vivendo em situação de subalimentação entre 2023 e 2025, conforme critérios da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Esse avanço marca a superação de um período crítico, já que o Brasil havia sido reintegrado ao Mapa da Fome em 2019, após ter saído pela primeira vez em 2014. O pico da insegurança alimentar ocorreu em 2022, quando mais de 33 milhões de brasileiros enfrentavam fome severa. A recuperação foi impulsionada por políticas públicas, como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que resultaram na redução de 85% da insegurança alimentar grave em dois anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, celebraram a antecipação do resultado, que era esperado para 2026. Dias ressaltou que essa conquista é um reflexo do compromisso do governo com os mais vulneráveis e a restauração de políticas sociais. Além disso, o Brasil se posiciona como líder internacional no combate à insegurança alimentar, propondo a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com apoio de mais de 100 países.
A nova posição do Brasil no cenário global reafirma seu papel como referência em políticas de combate à fome, evidenciando que o acesso à alimentação é uma escolha política e não uma inevitabilidade social.