A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta segunda-feira (28) que o Brasil foi retirado do mapa mundial da fome, após três anos de inclusão. A decisão reflete a melhoria nas condições alimentares do país, com menos de 2,5% da população vivendo em risco de subalimentação, segundo dados que consideram a média dos anos de 2022 a 2024, durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Margareth Viana, uma gari que enfrentou a falta de alimentos, expressou sua satisfação com a mudança. "Fome é um sentimento de dor e impotência, especialmente para quem tem filhos. Hoje, posso garantir três refeições diárias para minhas filhas", afirmou. A ONU destaca que, mesmo fora do mapa da fome, cerca de 35 milhões de brasileiros ainda enfrentam insegurança alimentar, o que significa que não têm acesso a alimentos suficientes ou de qualidade.
O economista-chefe da FAO, Máximo Torero, ressaltou que o Brasil e outros países da América Latina, como o México, implementaram programas sociais eficazes, como transferência de renda e alimentação escolar, que contribuíram para a redução da fome. Em comparação, a média de subnutrição na América Latina foi de 5%, enquanto a média global atingiu 8%.
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que o governo está empenhado em alcançar aqueles que ainda enfrentam dificuldades alimentares. "Buscamos garantir que todos tenham acesso a programas que assegurem a segurança alimentar e dignidade", disse. A ONU espera que essas iniciativas continuem a melhorar a situação alimentar no Brasil e na região.