O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome, conforme anunciou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) nesta segunda-feira, 28. O resultado, que reflete a média trienal de 2022 a 2024, indica que o país está abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição, critério utilizado pela ONU para essa classificação.
Apesar da saída do Mapa da Fome, cerca de 7 milhões de brasileiros ainda enfrentam insegurança alimentar severa, enquanto outros 28,5 milhões estão em situações de insegurança alimentar moderada ou grave. A desnutrição, especialmente entre crianças, pode levar a sérios impactos físicos e cognitivos, comprometendo o desenvolvimento e a aprendizagem.
O Brasil havia sido retirado do Mapa da Fome em 2014, mas a crise econômica iniciada em 2015 e os efeitos da pandemia de COVID-19 resultaram em um aumento da pobreza e dificuldades de acesso a alimentos. Além disso, fatores globais como conflitos, incluindo a guerra na Ucrânia, e mudanças climáticas têm pressionado os preços dos alimentos em diversas regiões do mundo.