O Brasil se destaca como um dos países com menor custo de geração de energia renovável, conforme relatório da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), divulgado nesta terça-feira (22). O país apresenta um custo médio de energia eólica onshore de US$ 30 por megawatt-hora (MWh), 32% abaixo da média global, consolidando sua posição de liderança em competitividade no setor.
Além de custos reduzidos, o Brasil foi o quarto país que mais adicionou capacidade renovável em 2024, com quase 19 gigawatts de nova capacidade solar instalada. O estudo da IRENA revela que 91% dos novos projetos de energia limpa no mundo em 2024 foram mais baratos que as alternativas fósseis, com a energia solar custando em média US$ 0,043 por quilowatt-hora (kWh) e a eólica terrestre US$ 0,034/kWh.
Apesar da competitividade nos custos de geração, o Brasil enfrenta um paradoxo: as tarifas de energia elétrica permanecem elevadas, com uma média de R$ 864 por megawatt-hora, mais de cinco vezes superior ao valor na Argentina. Especialistas apontam que encargos e tributos elevam a fatura final, enquanto a falta de infraestrutura para escoar a energia renovável gerada, especialmente no Nordeste, representa um desafio adicional. O relatório destaca que o avanço das energias renováveis é impulsionado por inovações tecnológicas e redução de custos, com programas de leilões garantindo previsibilidade e atraindo novos investimentos.