O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou novas críticas ao governo de Israel nesta segunda-feira, 14 de outubro, em resposta a ataques aéreos que resultaram na morte de civis palestinos na Faixa de Gaza. Os bombardeios, que ocorreram em locais como o campo de refugiados de Nusseirat, deixaram ao menos 50 mortos, incluindo mulheres e crianças, enquanto as vítimas aguardavam em fila para obter água potável.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio de um comunicado, condenou as operações israelenses e solicitou uma investigação internacional sobre os ataques, que foram reconhecidos pelo Exército de Israel como um "erro técnico". Segundo os militares, o alvo do ataque em Nusseirat era a Jihad Islâmica, mas uma falha resultou em danos a civis.
A crise diplomática entre Brasil e Israel se intensificou, com o governo brasileiro reduzindo laços políticos e comerciais com o país. O Itamaraty lamentou que as novas mortes se somem às cerca de 800 ocorridas nas últimas seis semanas em Gaza, em áreas próximas a postos de ajuda humanitária. Além disso, o chanceler Mauro Vieira confirmou que o Brasil ingressará em uma ação na Corte Internacional de Justiça contra Israel, que já conta com o apoio de outros países, como Colômbia e Turquia, acusando o governo israelense de genocídio contra a população palestina durante o conflito com o Hamas.