O Ministério da Fazenda do Brasil anunciou a criação de um escritório de auditoria tributária e aduaneira da Receita Federal na China, por meio de um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, que visa fortalecer a gestão do Fisco, foi discutida desde 2023 e está em tramitação desde 6 de janeiro de 2025.
A iniciativa ocorre em um contexto de tensões comerciais, especialmente após a imposição de tarifas de 50% ao Brasil pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em nota, o Ministério da Fazenda esclareceu que a decisão não possui motivações políticas, mas busca facilitar o entendimento das legislações entre os dois países e reduzir entraves burocráticos.
A presença de um adido especializado na China, principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, deverá impulsionar o comércio bilateral, facilitando o despacho aduaneiro e o contato com autoridades locais. A Fazenda acredita que a medida pode aumentar as exportações brasileiras, permitindo uma entrada mais ágil de produtos no mercado chinês, especialmente aqueles com regulamentação mais rigorosa.
Além disso, a presença física dos adidos no exterior permitirá ações de inteligência fiscal e combate a crimes transnacionais, reforçando o relacionamento institucional com autoridades estrangeiras, conforme destacado pelo Ministério da Fazenda.