No dia 18 de junho de 2025, o Brasil comemorará 25 anos da sanção da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei nº 9.985/2000), um marco na proteção da diversidade biológica e sociocultural do país. A legislação, que estabelece 12 categorias de áreas protegidas, foi criada para equilibrar a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, abrangendo atualmente mais de 260 milhões de hectares, o que corresponde a 18,6% do território terrestre e 26,3% da área marinha nacional.
A engenheira agrônoma Maria Tereza Pádua, presidente de honra da Funatura e uma das responsáveis pela elaboração da lei, destaca a importância dessas áreas para a preservação do banco genético do Brasil. Desde a década de 1980, quando o país contava com apenas quatro ou cinco unidades de conservação federais, o número cresceu para 3.185, resultado de um longo processo de tramitação no Congresso Nacional que durou 12 anos.
As unidades de conservação são geridas por diferentes esferas de governo e também por iniciativas privadas, como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Essas áreas, embora menores, desempenham um papel crucial na proteção de ecossistemas frágeis e complementam o sistema nacional de conservação. O diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Menezes, ressalta a arquitetura robusta do SNUC, que permite uma gestão integrada e participativa das áreas protegidas no Brasil.