A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o governo brasileiro está empenhado em estabelecer um diálogo com os Estados Unidos, em colaboração com o Legislativo e o setor privado. Tebet destacou que as negociações enfrentam desafios devido à intersecção entre questões econômicas e políticas, o que complica a comunicação com autoridades americanas, incluindo o presidente Donald Trump.
A ministra ressaltou que o governo brasileiro não pretende retaliar as tarifas impostas pelos EUA, mas sim focar na proteção dos setores produtivos afetados por essas medidas. "Estamos cientes de que precisamos proteger a economia brasileira", afirmou, enfatizando que as ações do Executivo não incluirão retaliações tarifárias.
Tebet também mencionou a importância da parceria comercial com os EUA, assim como com os países do Brics, revelando que cerca de 50% das exportações brasileiras são direcionadas à Ásia. Ela informou que instituições financeiras públicas, como o BNDES e o Banco do Brasil, estarão ativas no suporte aos setores impactados pela taxação de 50% do governo americano, sem que isso necessariamente afete as contas públicas.
"O fiscal será um suporte a essas medidas de contingência, com responsabilidade, pois temos metas a cumprir", concluiu a ministra, reafirmando a determinação do governo em não deixar ninguém para trás durante este processo de adaptação às novas condições comerciais.