O governo brasileiro, liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), está em negociações com os Estados Unidos desde o anúncio das tarifas unilaterais de 50% sobre as importações brasileiras, previstas para entrar em vigor no dia 1º de agosto. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que as conversas ocorrem sem contaminação política ou ideológica, visando preservar a soberania do Brasil e a relação comercial robusta entre os dois países, que perdura há mais de 200 anos.
Na última semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a imposição das tarifas como uma medida para pressionar países que não têm um bom relacionamento comercial com os Estados Unidos. Embora não tenha mencionado o Brasil diretamente, o país está entre os afetados pela nova política comercial. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que as tarifas entrarão em vigor sem prorrogações, aumentando a pressão sobre o governo brasileiro para buscar alternativas.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, chegou aos EUA neste domingo e está cumprindo agenda na ONU, mas poderá se deslocar para Washington se houver interesse do governo americano em discutir o tarifaço. A Câmara Americana de Comércio para o Brasil alertou que cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os EUA podem ser impactadas, afetando aproximadamente 3,2 milhões de empregos no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a equipe econômica está preparando um plano de contingência para apoiar os setores afetados pela medida.