O governo brasileiro, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), reafirmou sua disposição para negociar com os Estados Unidos em resposta ao anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, entrará em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto, e visa pressionar países a abrirem seus mercados. O MDIC enfatizou que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis, mas que o país permanece aberto ao diálogo comercial.
O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância da relação econômica entre Brasil e EUA, que se estende por mais de 200 anos, e expressou a esperança de que a parceria histórica seja preservada. Ele ressaltou que a imposição das tarifas pode impactar cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os EUA, afetando diretamente 3,2 milhões de empregos no Brasil.
Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou aos Estados Unidos para participar de agendas na ONU e sinalizou a possibilidade de discutir as tarifas em Washington, caso haja interesse do governo americano. A situação gera preocupação, pois empresas norte-americanas com operações no Brasil também sofrerão perdas com a nova política tarifária, conforme apontado por Alckmin, que citou exemplos como General Motors e Johnson & Johnson.