O governo brasileiro está em negociações para adiar ou reverter o aumento de tarifas de importação, conhecido como tarifaço, que está previsto para entrar em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto. Assessores informam que as conversas atuais visam, ao menos, postergar a implementação do aumento, que pode variar entre 15% e 20% para diversos países, conforme anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Em uma segunda fase, caso o tarifaço seja efetivado, o governo brasileiro planeja excluir produtos essenciais, como alimentos e itens da Embraer, do aumento tarifário, buscando mitigar os impactos negativos sobre a economia nacional. Empresários brasileiros, em reunião com senadores nos Estados Unidos, foram aconselhados a evitar retaliações contra os EUA, para não intensificar a guerra comercial entre os dois países.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está elaborando um plano de contingência para apoiar as empresas mais afetadas pelo tarifaço, que poderá resultar em alíquotas de até 50% sobre produtos brasileiros. No entanto, os detalhes desse plano só serão divulgados se as tarifas forem realmente implementadas. Lula também fez um apelo a Trump, solicitando uma reabertura do diálogo entre os dois países, enfatizando a importância de resolver divergências de forma civilizada e negociada.