O Campeonato Mundial de Robótica e Inteligência Artificial, conhecido como RoboCup, acontece em Salvador até segunda-feira (21), reunindo um número recorde de participantes brasileiros. O evento, que ocorre pela segunda vez no Brasil, apresenta uma nova categoria de competição: os 'flying robots', ou robôs voadores, que operam de forma autônoma em simulações de resgate em ambientes perigosos.
Com 200 brasileiros representando 45 equipes, o Brasil se destaca entre as nações participantes, competindo em todas as 15 modalidades do campeonato. Entre as equipes, três são brasileiras na nova categoria de drones, que enfrentam adversários da Austrália. Marcos Simões, presidente da RoboCup Brasil, ressalta o crescente interesse do país em tecnologia, evidenciado pelo aumento de 20% no número de equipes em relação à edição anterior, realizada na Holanda em 2024.
Os desafios enfrentados pelos robôs incluem a entrega de kits de primeiros socorros e a busca por vítimas, tudo sem o uso da fala, para simular condições reais de desastres. Rafael Lang, vice-presidente da RoboCup Brasil, explica que a competição visa desenvolver robôs capazes de operar em situações críticas, minimizando a necessidade de intervenção humana.
Entre os destaques brasileiros, a RoboCin, da Universidade Federal de Pernambuco, busca conquistar seu terceiro título mundial na série A da modalidade de futebol não-humanoide. Victor Sabino, membro da equipe, afirma que o objetivo é competir em alto nível contra potências como Alemanha e China, refletindo a ambição do Brasil em se consolidar como líder em robótica e Inteligência Artificial.