O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu, na terça-feira (24), a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica offshore no Brasil. Localizado no litoral de Areia Branca, Rio Grande do Norte, o Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore terá capacidade instalada de até 24,5 megawatts (MW). A licença, aguardada por anos pelo setor, representa um marco para a diversificação da matriz energética brasileira e a inserção do país em uma tecnologia de ponta na geração de energia renovável. A iniciativa privada por trás do projeto, ainda não divulgada oficialmente, demonstra o crescente interesse de investidores na exploração do potencial eólico marinho do país, que é considerado um dos maiores do mundo.
Este projeto pioneiro é resultado de um longo processo de licenciamento ambiental, iniciado em 2017, que incluiu avaliações rigorosas de impacto ambiental e estudos técnicos detalhados. A escolha do Rio Grande do Norte se justifica pela constância e intensidade dos ventos marítimos na região, fatores cruciais para a viabilidade econômica de projetos de energia eólica offshore. A tecnologia empregada no Sítio de Testes permitirá a coleta de dados e o aprimoramento de tecnologias para projetos futuros em larga escala, contribuindo para o desenvolvimento de um setor ainda incipiente no Brasil, mas com grande potencial de crescimento e geração de empregos qualificados. A experiência adquirida com este projeto piloto será fundamental para o licenciamento e implementação de parques eólicos offshore de maior porte.
Com a aprovação do projeto piloto, o Brasil se posiciona ativamente na corrida global pela energia limpa e abre caminho para a exploração de um vasto potencial energético renovável. A expectativa é que este primeiro passo atraia novos investimentos e acelere o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à energia eólica offshore no país. A diversificação da matriz energética com fontes renováveis é crucial para a segurança energética nacional e para o cumprimento dos compromissos internacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa. A longo prazo, a energia eólica offshore poderá contribuir significativamente para a redução da dependência de fontes fósseis e para a transição para uma economia de baixo carbono, gerando impactos positivos para o meio ambiente e a economia brasileira.