O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 5,8% no segundo trimestre de 2023, o menor índice já documentado desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que também revelou um recorde no número de empregos com carteira assinada e no rendimento médio dos trabalhadores.
Em comparação com trimestres anteriores, a taxa de desocupação caiu significativamente, já que no primeiro trimestre de 2023 o índice era de 7% e no segundo trimestre de 2022, 6,9%. O levantamento aponta que o Brasil conta atualmente com 102,3 milhões de trabalhadores ocupados e cerca de 6,3 milhões de desocupados, representando uma redução de 17,4% no número de pessoas à procura de emprego em relação ao trimestre anterior.
A pesquisa, que agora utiliza dados do Censo 2022 para ajustar sua amostra, também revelou que o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões, um crescimento de 0,9% em relação ao primeiro trimestre. O rendimento médio mensal dos trabalhadores subiu para R$ 3.477, o maior já registrado, refletindo um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, a taxa de informalidade caiu para 37,8%, a menor desde 2020, enquanto o número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, foi de 2,8 milhões, o menor nível desde 2016. O aumento no número de ocupados e no rendimento médio resultou em uma massa de rendimentos de R$ 351,2 bilhões, superando em 5,9% o montante do mesmo trimestre do ano anterior.