O Bradesco BBI mantém uma visão otimista sobre o mercado de ações brasileiro, mesmo diante da recente venda de R$ 6 bilhões por investidores estrangeiros desde 9 de julho. O banco acredita que a queda nos preços das ações representa uma oportunidade de compra, destacando um desconto tanto nas ações quanto no câmbio. Essa análise contrasta com a atenção dos investidores estrangeiros, que se concentram nas altas taxas de juros, enquanto os locais estão mais focados no ciclo eleitoral.
Analistas do Bradesco BBI apontam que tanto a Petrobras (PETR3; PETR4) quanto o Banco do Brasil (BBAS3) estão posicionados para se beneficiar de catalisadores que devem se materializar no segundo semestre de 2025. O banco aumentou sua exposição a ações brasileiras, priorizando empresas pagadoras de dividendos em um ambiente de juros elevados, onde essas ações se tornam uma alternativa atrativa frente à renda fixa, especialmente no Brasil, onde os dividendos são isentos de tributação.
O BBI destaca que o mercado brasileiro se sobressai globalmente em termos de altos rendimentos de dividendos e estabilidade de lucros. Apesar de uma capitalização menor em comparação com o índice de Mercados Emergentes, as ações brasileiras apresentam múltiplos mais baixos e lucros mais consistentes. O índice Preço/Lucro futuro está próximo de mínimas históricas, com um desconto de cerca de 30% em relação à média dos últimos 10 anos, enquanto o rendimento médio de dividendos do Ibovespa é de aproximadamente 7,5%.
A carteira de dividendos do Bradesco BBI inclui 10 ações com os maiores rendimentos esperados entre 2025 e 2027, considerando critérios como rendimento superior às taxas reais e volume médio de negociação. Essa seleção superou o desempenho do Ibovespa em cerca de 8 pontos percentuais nos últimos cinco anos e inclui empresas como Petrobras, Banco do Brasil e BB Seguridade (BBSE3).