O ex-presidente Jair Bolsonaro foi formalmente acusado em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga sua participação na tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022. A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a condenação de Bolsonaro na segunda-feira, 14 de julho de 2025, alegando que ele "alimentou diretamente a insatisfação e o caos social" após sua derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva.
Se condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio público, Bolsonaro poderá enfrentar penas que somam mais de 40 anos de prisão. A PGR argumenta que suas ações contribuíram para a desestabilização do país e a incitação à violência.
Além disso, em 2023, o ex-presidente já havia sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, resultando em sua inelegibilidade até 2030. Bolsonaro, em entrevistas, afirmou que os processos judiciais visam excluí-lo do cenário político, alegando que lidera as pesquisas de intenção de voto para as próximas eleições.