O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu à Polícia Federal nesta quarta-feira (25) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica, em cumprimento às medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas foram impostas em decorrência de investigações que incluem crimes como coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional, que podem resultar em penas de até 20 anos de prisão.
Moraes destacou que as ações de Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, configuram atos que evidenciam a prática de crimes. Além da tornozeleira, as medidas incluem restrições de circulação, como o recolhimento domiciliar das 19h às 6h e a proibição de acesso às redes sociais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado as medidas devido à possibilidade de fuga do ex-presidente, embora o ministro tenha decidido não decretar a prisão preventiva.
As determinações, que são interpretadas como uma forma de prisão domiciliar, visam evitar que Bolsonaro deixe o país, especialmente após a PGR ter pedido sua condenação no inquérito relacionado à tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Em entrevista após a instalação da tornozeleira, Bolsonaro negou qualquer intenção de fuga e classificou a investigação como uma perseguição política.