O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta terça-feira (15) sobre as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou sua condenação e a de outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à CNN, Bolsonaro negou as acusações e criticou a investigação da Polícia Federal, afirmando que não houve qualquer tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro expressou indignação com as alegações, questionando a gravidade das acusações e a possibilidade de uma pena de até 43 anos de reclusão. Os crimes imputados a ele e aos outros réus incluem liderança de organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. A decisão sobre a condenação ou absolvição será tomada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não marcou a data do julgamento.
Durante a entrevista, o ex-presidente também criticou a condução das investigações e a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, a qual classificou como uma "vergonha". Bolsonaro alegou que está sendo alvo de uma perseguição política e que as acusações são infundadas, reiterando que não houve golpe. As declarações surgem após a PGR apresentar um extenso parecer com mais de 500 páginas sobre o caso, que envolve ações antidemocráticas ocorridas em 8 de janeiro de 2023.