O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou agitação na Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira (21), ao deixar uma reunião com aliados na liderança do Partido Liberal. O encontro, que ocorreu no Anexo II da Câmara, teve início por volta das 14h e se estendeu até cerca das 17h30, quando Bolsonaro foi obrigado a deixar o local devido ao toque de recolher imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida proíbe o ex-presidente de circular entre 19h e 7h.
Após a reunião, enquanto se dirigia à recepção do Congresso, Bolsonaro foi seguido por uma multidão de apoiadores e jornalistas, o que resultou em um tumulto significativo. A aglomeração causou danos, como uma mesa quebrada e um púlpito derrubado, além de deixar um cinegrafista ferido. A situação se agravou quando a transmissão ao vivo de um repórter da GloboNews foi interrompida pela confusão gerada pela multidão.
Embora tenha se recusado a conceder entrevistas devido a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro fez uma breve declaração na escadaria da Chapelaria, onde criticou as decisões do STF e mostrou a tornozeleira eletrônica que está usando. A reunião foi convocada em resposta às medidas cautelares impostas por Moraes, que incluem a proibição de uso de redes sociais e contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. Em solidariedade, cerca de 54 parlamentares de seis partidos decidiram suspender o recesso parlamentar para discutir alternativas em defesa do ex-presidente.