O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu nesta sexta-feira (18) uma medida cautelar que o proíbe de manter contato com outros investigados em um inquérito sigiloso no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa restrição afeta diretamente seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem se destacado em articulações internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes. As informações foram divulgadas pela Folha de S.Paulo.
O inquérito que resultou na imposição das medidas foi autuado no STF e distribuído ao gabinete de Moraes em 11 de agosto, logo após o ex-presidente Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, mencionando o processo contra Bolsonaro. Eduardo, que atualmente se encontra nos Estados Unidos, tem desempenhado um papel importante na retaliação americana ao Brasil, buscando ampliar a ofensiva contra Moraes.
A situação se intensificou na quinta-feira (17), quando o The Washington Post noticiou que Eduardo Bolsonaro está colaborando com membros do governo Trump para propor sanções ao ministro. Uma minuta de sanção, baseada na Lei Magnitsky, foi elaborada, mas enfrenta resistência de autoridades do Departamento do Tesouro dos EUA, que temem que tal medida comprometa a imagem do país em questões de promoção da democracia.
Apesar das dificuldades, a ofensiva internacional foi evidenciada em um vídeo gravado por Eduardo e Paulo Figueiredo, também investigado, em frente à Casa Branca. No vídeo, eles afirmam ter se reunido com autoridades americanas para discutir sanções contra “aliados e apoiadores” de Moraes.