O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pode ser preso até o final de agosto, em decorrência da ação penal que investiga sua suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A declaração foi feita após uma operação da Polícia Federal, realizada na manhã de sexta-feira (18), que cumpriu mandados de busca e apreensão em sua residência e em endereços relacionados ao Partido Liberal (PL), autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da busca, Bolsonaro foi submetido a medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de se aproximar de embaixadas e a restrição de uso de redes sociais. Durante a entrevista, o ex-presidente expressou sua preocupação com a possibilidade de condenação, que, se ocorrer, pode resultar em uma pena superior a 40 anos de prisão. Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que o magistrado deseja sua morte em vez de sua prisão.
A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a condenação de Bolsonaro, alegando que ele fomentou a insatisfação e o caos social após sua derrota nas eleições de 2022. O ex-presidente já enfrenta condenações anteriores, incluindo uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível até 2030 por abuso de poder político. Em sua defesa, Bolsonaro argumentou que os processos judiciais visam afastá-lo da política, citando sua popularidade nas pesquisas eleitorais.