O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 18, que mantinha US$ 14 mil em sua residência em Brasília para possíveis viagens. A quantia foi apreendida pela Polícia Federal (PF), que atua sob ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido a investigações sobre obstrução de Justiça e coação no processo relacionado ao golpe de 8 de janeiro.
Em entrevista à Rádio BandNews FM, Bolsonaro negou que o valor estivesse relacionado a um plano de fuga, ressaltando que possui recursos em bancos e que a quantia em espécie foi sacada ao longo dos meses. Ele também comentou sobre a operação da PF, que ocorreu pela manhã, e relatou um incidente com uma agente que se feriu durante a abordagem.
O ex-presidente, que está com tornozeleira eletrônica e com o passaporte retido, expressou sua indignação com as restrições impostas, afirmando que se sente humilhado e degradado. Apesar de estar inelegível até 2030, Bolsonaro reafirmou sua intenção de se candidatar à presidência em 2026, criticando a proibição de uso das redes sociais como uma tentativa de silenciá-lo politicamente.
Além disso, Bolsonaro se distanciou de qualquer relação com a tarifa de 50% imposta pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e lamentou a impossibilidade de se comunicar com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que vive nos Estados Unidos e também é alvo de investigações. As medidas restritivas incluem recolhimento domiciliar e proibição de contato com diplomatas e outros investigados pelo STF.