O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) exibiu publicamente a tornozeleira eletrônica que passou a usar na última sexta-feira (18), durante uma reunião com parlamentares do seu partido no Congresso Nacional. Em sua declaração, Bolsonaro classificou o dispositivo como um 'símbolo da máxima humilhação' e criticou as medidas impostas contra ele, afirmando que 'o que vale para mim é a lei de Deus'.
As restrições foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) alegar a necessidade de medidas cautelares para evitar uma possível fuga do ex-presidente. Além da tornozeleira, Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais, manter contato com seu filho Eduardo, que reside nos Estados Unidos, e sair de casa durante a noite e nos fins de semana.
Bolsonaro, que se encontra sob investigação relacionada a uma suposta trama golpista em 2022, nega qualquer intenção de deixar o país. O deputado federal Maurício do Vôlei (PL-MG) também se manifestou em apoio ao ex-presidente, chamando a situação de 'a maior injustiça da história desse país'. As medidas cautelares visam garantir a segurança do processo judicial em andamento.