O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (21) para mostrar a tornozeleira eletrônica que passou a usar, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante seu discurso, Bolsonaro descreveu a medida como uma "humilhação" e defendeu sua inocência em relação às acusações que enfrenta.
Bolsonaro, que é réu na Ação Penal 2.668, é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A tornozeleira foi imposta após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou risco de fuga e intimidação a autoridades, incluindo ministros do STF e da Polícia Federal.
A visita de Bolsonaro à Câmara resultou em tumulto, com uma mesa de vidro quebrada e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sofrendo um ferimento no rosto. A origem do ferimento ainda não foi esclarecida. A PGR, em seu pedido ao STF, também solicitou restrições adicionais a Bolsonaro, como proibição de contato com embaixadores e entrada em embaixadas estrangeiras, devido a alegações de que ele e seu filho, Eduardo Bolsonaro, tentaram intimidar autoridades e promover ações obstrutivas no exterior.
O caso está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que avaliará as medidas solicitadas pela PGR em relação ao ex-presidente.