O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou à sede do PL em Brasília na manhã desta quarta-feira, 23, acompanhado de seu filho Jair Renan, vereador de Balneário Camboriú (SC). Ao ser abordado por jornalistas, Bolsonaro afirmou que não poderia falar, reiterando sua postura de silêncio diante da imprensa. Essa atitude já havia sido observada no dia anterior, quando deixou o diretório partidário.
As restrições impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no último dia 18, incluem o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação por meio de redes sociais, tanto diretamente quanto indiretamente. Na segunda-feira, 21, ao sair da Câmara, Bolsonaro mostrou o dispositivo e declarou que sua utilização representava a "máxima humilhação".
Moraes requisitou esclarecimentos à defesa de Bolsonaro sobre a proibição de uso das redes sociais, que abrange transmissões e veiculações de entrevistas. Em resposta, a defesa do ex-presidente garantiu que ele não descumpriu as ordens judiciais e que permanecerá em silêncio sobre o caso. Os advogados também argumentaram que Bolsonaro não pode ser responsabilizado por postagens feitas por terceiros em redes sociais, uma vez que não teve participação direta ou indireta nessas ações.
A defesa solicitou ainda que o ministro esclareça quais são as permissões e restrições aplicáveis a Bolsonaro, alegando falta de conhecimento sobre a proibição de conceder entrevistas. Até o momento, Moraes não se manifestou sobre esse pedido.