O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou sua campanha contra a Ação Penal que o investiga por tentativa de golpe de Estado, à medida que se aproxima o desfecho do julgamento, que pode resultar em sua condenação. Nos últimos meses, seus discursos, inicialmente voltados à defesa dos presos do 8 de janeiro, passaram a focar em sua própria defesa, o que levanta questionamentos sobre suas reais intenções políticas.
Nesta segunda-feira, 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição da divulgação de áudios e vídeos de entrevistas de Bolsonaro nas redes sociais. A medida visa impedir que o ex-presidente utilize plataformas digitais para contornar restrições judiciais já impostas. Moraes alertou que qualquer tentativa de burlar essa proibição poderá resultar na revogação da medida e na prisão de Bolsonaro.
A decisão do STF foi recebida com reações da oposição no Congresso Nacional, que interrompeu o recesso parlamentar para repudiar as ações do Supremo. A bancada do Partido Liberal e outros parlamentares consideraram as restrições desproporcionais e uma afronta ao Estado Democrático de Direito, articulando ações políticas e jurídicas em defesa das liberdades individuais. A situação evidencia um clima de tensão entre o ex-presidente e as instituições brasileiras, enquanto ele tenta mobilizar apoio em meio a um cenário jurídico adverso.