O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sujeito a medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso a redes sociais. A decisão foi divulgada na última terça-feira e estabelece que qualquer descumprimento resultará em prisão imediata.
A imposição das medidas ocorre no contexto de uma investigação sobre supostas tentativas de golpe após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. A Polícia Federal (PF) já realizou buscas na residência do ex-presidente e no diretório do PL em Brasília, levantando preocupações sobre risco de fuga e interferência diplomática.
Bolsonaro reagiu às restrições, chamando-as de "suprema humilhação" e negando qualquer intenção de fugir do país. As medidas visam garantir a continuidade do processo judicial, com a tornozeleira eletrônica servindo como um mecanismo de monitoramento e a possibilidade de prisão automática funcionando como um desincentivo para possíveis violações.
O STF deve retomar o processo entre o final de agosto e início de setembro, enquanto a defesa de Bolsonaro pode apresentar recursos questionando a legalidade das medidas cautelares estabelecidas pelo tribunal.