O ex-presidente Jair Bolsonaro manifesta intenção de concorrer à presidência em 2026, apesar de sua inelegibilidade até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A condenação por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, proferida em 30 de setembro, impede sua participação nas próximas eleições, mesmo que recursos sejam apresentados. A situação se agrava com o julgamento de ações no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode estender sua inelegibilidade.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Quaest, divulgada em 2 de outubro, revela que 51% dos deputados federais desejam que Bolsonaro desista de sua candidatura, enquanto apenas 23% apoiam sua permanência na disputa. Em uma pesquisa pública mais ampla, 65% dos entrevistados também preferem que o ex-presidente retire seu nome da corrida e apoie outro candidato. Entre os eleitores de direita, 55% compartilham dessa opinião.
A condenação de Bolsonaro está relacionada a uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto em julho de 2022, onde ele fez alegações infundadas sobre a segurança das eleições. A decisão do TSE já é válida, e a contagem do prazo de inelegibilidade pode ser ampliada com o desfecho do julgamento no STF. A insistência de Bolsonaro em se manter na disputa é vista como uma estratégia para preservar sua influência política e mobilizar sua base de apoiadores, apesar de sinais de desgaste em sua imagem pública.