O ex-presidente Jair Bolsonaro está sob restrição judicial e não pode se aproximar a menos de 200 metros das embaixadas em Brasília, conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi imposta na última sexta-feira (18), quando Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica, sem previsão de término para o monitoramento.
A proibição inclui qualquer contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras, em um contexto em que Brasília abriga 132 representações diplomáticas, localizadas principalmente nas regiões da Asa Sul, Asa Norte e Lago Sul. Perto de sua residência no Jardim Botânico, estão as embaixadas do Sri Lanka e da República da Macedônia, enquanto a área central da cidade conta com representações de países como Bangladesh e Coréia do Norte.
Em fevereiro de 2024, Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal relacionada a uma suposta tentativa de golpe de Estado. Durante sua estadia na embaixada, ele estava protegido pela inviolabilidade do local, conforme a Convenção de Viena de 1961, que garante a segurança das representações diplomáticas. A defesa do ex-presidente negou que sua presença na embaixada tivesse relação com pedidos de asilo ou fuga de investigações.