O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma ação da Polícia Federal nesta sexta-feira (18), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Durante a operação, foram apreendidos US$ 14 mil em dinheiro vivo e Bolsonaro foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, cumprindo uma medida de recolhimento domiciliar.
A decisão de Moraes foi baseada em um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e estabelece que Bolsonaro deve permanecer em casa das 19h às 7h durante a semana e em tempo integral nos finais de semana. Além disso, o ex-presidente está proibido de utilizar redes sociais, se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros, e manter contato com outros investigados, incluindo seus filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro.
O advogado criminalista Rafael Paiva explicou que a medida cautelar é menos rigorosa do que uma prisão domiciliar total, permitindo que Bolsonaro permaneça fora de casa em casos específicos. No entanto, a decisão foi tomada devido ao risco de fuga do ex-presidente, conforme apontado nas investigações.
Moraes citou três crimes atribuídos a Bolsonaro: coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional. O advogado Paiva alertou que o descumprimento das medidas pode resultar em um endurecimento das sanções, incluindo a possibilidade de prisão preventiva, caso se prove que Bolsonaro está obstruindo as investigações.