O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar risco de fuga. A decisão foi acatada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou restrições ao acesso de Bolsonaro a redes sociais e a proibição de contato com embaixadores e outros réus, incluindo seu filho, Eduardo Bolsonaro.
As medidas foram implementadas após uma operação da Polícia Federal, que resultou na apreensão de um pen drive e dólares na residência do ex-presidente em Brasília. Bolsonaro, que se apresentou à PF para a instalação da tornozeleira, negou qualquer intenção de deixar o país, classificando as ações como uma "suprema humilhação" e alegando que a investigação é de natureza política.
A PGR destacou que a atuação de Bolsonaro e seu filho revela uma tentativa coordenada de obstruir as investigações em curso. O ministro Moraes citou um repasse de R$ 2 milhões feito por Bolsonaro a Eduardo, que estava nos Estados Unidos, como um indício de conluio entre eles. A decisão judicial reflete a preocupação com a integridade do processo penal e a necessidade de garantir a aplicação da lei.