O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a monitoramento por tornozeleira eletrônica e está proibido de sair à noite, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada em decorrência de uma investigação que apura tentativas de interferência no processo penal em que Bolsonaro já é réu por tentativa de golpe de Estado, especificamente na Ação Penal 2668.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação de Bolsonaro, apresentando novas evidências que indicam sua atuação como líder de uma organização criminosa que buscou deslegitimar o processo eleitoral e atacar instituições democráticas. Moraes destacou que as ameaças ao Ministério Público aumentaram após a apresentação das alegações finais pela PGR, evidenciando a intenção criminosa do ex-presidente.
Além do monitoramento, a decisão do STF foi motivada pela constatação de que Bolsonaro, mesmo sendo réu, continuava a agir para interferir nas investigações, com apoio de aliados, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. As medidas cautelares visam garantir a integridade do processo penal e incluem restrições como o recolhimento noturno e a proibição de contato com outros investigados.