O ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestaram sobre as novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às exportações brasileiras. A situação se intensificou após a ofensiva de Trump, que gerou reações imediatas nas redes sociais e no Congresso Nacional. A medida foi interpretada como uma agressão à soberania nacional, levando Lula a criticar publicamente a ação do republicano.
A resposta de Lula uniu diversos setores políticos, incluindo parlamentares do centrão, que pressionam a base bolsonarista a se opor às tarifas. A nota conjunta dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, demonstra um apoio ao discurso do presidente, que promete acionar o princípio da reciprocidade caso as ameaças se concretizem. Essa união ocorre em um momento de conflito interno entre o Executivo e o Legislativo, destacando a relevância da questão comercial.
Entidades representativas, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), também se manifestaram contra as tarifas, evidenciando a preocupação do setor produtivo com as consequências da medida. Enquanto isso, a família Bolsonaro se vê isolada em sua defesa de Trump, em um cenário onde a credibilidade do ex-presidente americano é questionada, e sua tática de negociação gera incertezas.
A situação atual revela um cenário complexo nas relações Brasil-Estados Unidos, onde a ofensiva de Trump não apenas desgastou a imagem de Bolsonaro, mas também criou um inimigo comum que unificou adversários políticos. A resposta do Judiciário brasileiro, que se posiciona nas redes sociais, demonstra que o país está atento e preparado para enfrentar as consequências dessa disputa comercial.