A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se deteriorou após a operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (18), que resultou na apreensão de material em sua residência. Líderes do Centrão intensificam a pressão para que Bolsonaro se retire da corrida presidencial e apoie o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). A análise dos dados coletados sugere que Bolsonaro pode ter produzido provas contra si mesmo, especialmente em relação ao celular apreendido.
Além dos cinco crimes já imputados a Bolsonaro, incluindo golpe de Estado, ele agora enfrenta novas acusações de obstrução de Justiça, atentado à soberania e coação no curso do processo. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, considerou a articulação do clã Bolsonaro como "atos executórios e flagrantes confissões" em busca de sanções internacionais ao Brasil.
A situação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também se agravou, especialmente após postagens ameaçadoras contra o STF e a Polícia Federal. Com o término de sua licença parlamentar neste domingo (20), Eduardo enfrenta a possibilidade de perda de mandato caso não renuncie. Aliados tentam aprovar medidas no Congresso para protegê-lo, mas o clima é desfavorável. Em um vídeo, ele reiterou suas ameaças ao delegado da PF Fábio Shor, que investiga o caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A PF já anunciou que analisará as ameaças proferidas por Eduardo Bolsonaro.