O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou apoio à permanência de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos, durante entrevista a jornalistas no Congresso na quinta-feira (17 de julho de 2025). Ele afirmou que, caso o deputado federal licenciado retorne ao Brasil, ele enfrentará prisão. Eduardo está nos EUA desde 27 de fevereiro e pediu licença do cargo em 18 de março, afastando-se da Câmara por 120 dias, prazo que se encerra no próximo domingo (20 de julho). Após essa data, o deputado não poderá faltar a mais de um terço das sessões para manter seu mandato.
Bolsonaro enfatizou que Eduardo está realizando um trabalho significativo no exterior, afirmando que ele "faz mais" pelo Brasil do que o atual ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O ex-presidente destacou que seu filho possui acesso a importantes autoridades americanas, como as do Capitólio e da Casa Branca, e criticou a ausência do ministro e da embaixadora do Brasil nos EUA.
A situação de Eduardo Bolsonaro se complica com um inquérito aberto pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). O inquérito investiga a atuação do deputado nos EUA contra autoridades brasileiras e inclui a determinação de monitoramento de suas redes sociais pela Polícia Federal. Em 8 de julho, Moraes prorrogou a investigação por mais 60 dias, justificando a necessidade de diligências adicionais.