O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17), a permanência do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, alegando que seu filho corre risco de prisão ao retornar ao Brasil. A declaração foi feita na área externa do Senado Federal, onde Bolsonaro afirmou que Eduardo está sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta coação a autoridades relacionadas a atos antidemocráticos.
Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos EUA desde fevereiro, licenciou-se do mandato em março com a intenção de lutar por 'liberdade' e 'democracia' no Brasil. No entanto, sua licença termina no próximo domingo (20), e o regimento da Câmara dos Deputados não permite prorrogações para afastamentos pessoais que ultrapassem 120 dias. Caso não retorne, o deputado poderá perder seu mandato.
O inquérito instaurado pelo STF, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), investiga a atuação de Eduardo em tentar pressionar o governo dos EUA a aplicar sanções contra o STF e seus ministros. A PGR alega que o deputado estaria obstruindo investigações e interferindo nos julgamentos relacionados aos ataques de 8 de janeiro, podendo ser responsabilizado por crimes como coação e obstrução de justiça.
Bolsonaro também mencionou que Eduardo está no Capitólio, dialogando com pessoas próximas ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e trabalhando em favor da 'liberdade' do Brasil. No entanto, aliados do ex-presidente afirmam que o retorno de Eduardo ao Brasil não é uma possibilidade viável, dado o risco de prisão ao desembarcar no país.