O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18) que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, aguardou o início do recesso parlamentar para autorizar uma operação de busca e apreensão em sua residência. A ação, realizada pela Polícia Federal, ocorreu na manhã de hoje e resultou na apreensão de cerca de R$ 14 mil e um pendrive, além da imposição de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente, que deverá cumprir restrições de horário e contato com diplomatas estrangeiros.
Bolsonaro, que se encontrava na sede do PL durante a operação, criticou a decisão de Moraes, afirmando que a medida foi uma forma de humilhar o parlamento. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmaram a manutenção do recesso, apesar dos apelos de bolsonaristas para a retomada das atividades legislativas.
Durante a coletiva, o ex-presidente questionou a imparcialidade do processo judicial que enfrenta e criticou a decisão de Moraes de validar um decreto do governo Lula (PT) sobre o IOF, que descontentou o Congresso. Ele também se manifestou sobre a apreensão do pendrive, localizado em um banheiro de sua casa, e defendeu que não possui comportamento criminoso.
A operação da PF e as declarações de Bolsonaro ocorrem em um contexto de crescente tensão entre o ex-presidente e o STF, refletindo a polarização política no país. A situação levanta questões sobre a atuação do judiciário e suas implicações na política brasileira.