O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta sexta-feira, 18, sobre as medidas restritivas impostas pela Justiça, classificando-as como uma "suprema humilhação". Durante uma entrevista após a instalação de uma tornozeleira eletrônica, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Bolsonaro afirmou que nunca considerou deixar o Brasil ou buscar refúgio em uma embaixada. Ele expressou sua surpresa ao ser abordado pela Polícia Federal em sua residência.
Bolsonaro também comentou sobre um novo inquérito relacionado ao anúncio de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e previu sua prisão até agosto, em decorrência do julgamento que enfrenta no STF sobre a tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já apresentou suas alegações finais, solicitando a condenação dos envolvidos na trama golpista.
Em sua fala, o ex-presidente revelou a preocupação com a comunicação restrita com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e também é alvo de investigações. Ele acredita que o filho pode optar por se tornar cidadão americano, dada a situação política no Brasil e as ações do STF. Além disso, Bolsonaro criticou as tarifas impostas pelos EUA, atribuindo-as a um desconforto do governo Trump em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os filhos de Bolsonaro saíram em defesa do pai, com Eduardo afirmando que as ações de Moraes são uma intensificação da repressão e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) denunciando o que considera um "ódio" do ministro do STF. Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, também expressou sua indignação com o tratamento dado ao ex-presidente, ressaltando a admiração que tem por ele.