O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta sexta-feira (18 de julho de 2025) que cancelou um almoço programado com embaixadores estrangeiros, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal e enfrentar restrições impostas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Durante a conversa com a imprensa, Bolsonaro não revelou detalhes sobre os embaixadores ou a data do encontro, apenas mencionou um convite que recebeu.
A operação da Polícia Federal, que ocorreu na mesma manhã, incluiu mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e em endereços relacionados ao Partido Liberal (PL). As medidas foram autorizadas pelo STF, com base em um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que alegou risco de fuga do ex-presidente. Bolsonaro é réu em um processo que investiga sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
A PGR solicitou a condenação de Bolsonaro, afirmando que ele teria alimentado a insatisfação social após sua derrota nas eleições de 2022. Caso seja condenado, ele pode enfrentar penas que ultrapassam 40 anos de prisão. Além disso, o ex-presidente já foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político.
A defesa de Bolsonaro manifestou surpresa e indignação em relação às medidas cautelares impostas, afirmando que o ex-presidente sempre cumpriu as determinações judiciais. A nota da defesa destaca que ainda não teve acesso à decisão de Moraes e que se manifestará oportunamente sobre o caso.