O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível e sob investigação da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF), está intensificando suas estratégias para as eleições de 2026. Com o objetivo de eleger um número significativo de senadores, Bolsonaro busca formar uma bancada que possa viabilizar um possível impeachment do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga tentativas de golpe de Estado. Entre os candidatos apoiados por Bolsonaro estão seus filhos e sua esposa, que concorrem em diferentes estados do Brasil.
Bolsonaro tem se reunido pessoalmente com membros do PL para articular palanques estaduais, visando alcançar uma bancada de pelo menos 55 senadores. No entanto, essa movimentação tem gerado desconforto entre aliados, especialmente em Santa Catarina, onde a candidatura de Carlos Bolsonaro tem sido vista como um obstáculo para outros apoiadores locais.
Além das articulações políticas, a oposição no Congresso também está se mobilizando. Um grupo de deputados pretende convocar o vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir a estratégia do governo em relação a negociações comerciais com os Estados Unidos, embora a votação do requerimento só deva ocorrer em agosto, após o recesso parlamentar.
Em outra frente, o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) planeja realizar uma audiência pública em agosto para discutir os impactos da parceria entre as companhias aéreas Gol e Azul, além das preocupações em torno de uma possível fusão entre as empresas. Essas ações refletem um cenário político em constante evolução, marcado por tensões e negociações estratégicas.