As bolsas de valores da Europa encerraram a sessão desta quinta-feira, 24, sem uma direção única, em meio às negociações entre a União Europeia e o governo dos Estados Unidos sobre tarifas comerciais. O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juros inalterada, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a importância de uma solução negociada com os EUA, embora tenha afirmado que todos os instrumentos permanecem disponíveis até que um resultado satisfatório seja alcançado.
O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,24%, fechando a 551,55 pontos. O FTSE 100 de Londres alcançou um recorde histórico, com alta de 0,85%, enquanto o DAX de Frankfurt avançou 0,27%. Em contrapartida, o CAC 40 de Paris registrou uma queda de 0,41%. As cotações são preliminares e refletem um cenário de expectativa em relação aos resultados das negociações comerciais.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, enfatizou que a União Europeia está sob pressão para firmar novos acordos antes do prazo de 1º de agosto, alertando que, na ausência de um entendimento, as tarifas poderiam chegar a 30%. A consultoria Capital Economics, por sua vez, revisou suas previsões e agora não espera cortes nas taxas de juros do BCE, refletindo uma postura mais restritiva da presidente Christine Lagarde em relação à política monetária.
No setor corporativo, tanto o Deutsche Bank quanto o BNP Paribas superaram as expectativas de lucro no segundo trimestre, com o primeiro registrando uma alta de 9,13% em Frankfurt. Em Londres, a Vodafone e o BT Group também tiveram desempenhos positivos, enquanto AstraZeneca viu suas ações subirem 2,12% após resultados promissores em testes de medicamentos. As movimentações nas bolsas refletem um cenário econômico em evolução, com a temporada de balanços em andamento.