Desde o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, o número de beneficiários do Bolsa Família nascidos fora do Brasil cresceu 159%. O aumento, que se deve à reformulação do programa em 2023 e a novas medidas de inclusão, resultou em um investimento de R$ 1,5 bilhão em 2024, comparado a R$ 590 milhões em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Atualmente, 188 mil pessoas nascidas fora do Brasil, incluindo estrangeiros e filhos de brasileiros nascidos no exterior, são atendidas pelo programa. Esse número representa 40% do total de estrangeiros vivendo no país, que, segundo o IBGE, era de 1 milhão em 2022. Para ter acesso ao benefício, os imigrantes devem estar regularizados, uma vez que imigrantes ilegais não têm direito ao auxílio.
Nos últimos dez anos, o número de beneficiários estrangeiros aumentou 627%, saltando de 59.980 para 404.519. O valor médio repassado também cresceu 1.103% no mesmo período, impulsionado pela ampliação do programa durante a pandemia e pela reformulação promovida pelo atual governo. A legislação brasileira permite que estrangeiros com residência regular recebam o Bolsa Família sem exigência de tempo mínimo de permanência no país, o que contrasta com as políticas de alguns países desenvolvidos que impõem carências para acesso a benefícios sociais.