O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que o Brics representa uma "inovação diplomática extraordinária" durante um evento focado na energia limpa e na descarbonização da economia, realizado na sede do banco no Rio de Janeiro. Mercadante destacou que o bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e outros países, busca promover o diálogo e se posiciona como a vanguarda do Sul Global.
Criado há duas décadas, o Brics recentemente ampliou sua composição com a adesão de Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã, enquanto a Arábia Saudita participa das discussões, mas ainda não formalizou sua entrada. O Brasil, como anfitrião do evento em 2025, convidou diversas nações, incluindo Belarus, Bolívia e Nigéria, para participar de debates sobre desenvolvimento sustentável.
Mercadante ressaltou a importância dos bancos públicos dos países do Brics no desenvolvimento econômico, enfatizando a necessidade de que essas instituições adotem práticas sustentáveis. "Os bancos públicos são responsáveis por 40% do crédito do país e devem avançar na descarbonização", afirmou. O BNDES está comprometido em criar uma certificadora de carbono, reconhecendo o desafio histórico do esgotamento dos recursos naturais.
O evento contou com a presença de figuras proeminentes, como a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, e o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, além de outros líderes do setor financeiro e ambiental, como a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu.