O diretor de Planejamento e Relacionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, anunciou nesta sexta-feira, 4, que o Fundo Clima já recebeu US$ 2 bilhões durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que outros US$ 2 bilhões estão previstos para este ano. Os recursos serão obtidos por meio de captações realizadas pelo Tesouro Nacional, tanto no mercado doméstico quanto no internacional.
Durante sua participação no 10º Encontro Anual do Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Barbosa destacou que esses investimentos permitirão o financiamento de projetos voltados à transição energética, desenvolvimento urbano e descarbonização, com taxas concessionais que mitigam o risco cambial para o Tesouro Nacional.
Barbosa enfatizou a urgência das ações contra a mudança climática, ressaltando que o Brasil é um dos países mais impactados por essa transição. Ele também abordou a importância do setor agropecuário e das hidrelétricas, que dependem do regime de chuvas, e mencionou os desafios das transições climática, demográfica e tecnológica que o país enfrenta. O diretor do BNDES defendeu a necessidade de investimentos na economia dos cuidados e a administração da transição tecnológica, especialmente em relação à inteligência artificial, que pode gerar tanto oportunidades quanto desafios no mercado de trabalho.
Além disso, Barbosa agradeceu ao NDB pelos financiamentos já concedidos ao BNDES, que totalizam US$ 1,7 bilhão, destacando que a atuação do banco é composta por dois terços de operações com taxa de mercado e um terço com taxas concessionais.